Há vários tipos de testes para a detecção de anticorpos anti-Coronavírus. Entretanto, nem todos são iguais.
É importante que os testes de anticorpos sejam realizados após a fase aguda da doença, idealmente um mínimo de 14 dias após o início dos sintomas, momento em que o organismo da maioria dos indivíduos está produzindo anticorpos em quantidade detectável.
Os primeiros anticorpos a surgir são os anticorpos da classe IgM, seguidos de perto pelos IgA, em algumas pessoas já no 10º -12º dia. Alguns dias depois surgem os anticorpos IgG (perto do 14º dia), que são os mais específicos (menor reação cruzada). Enquanto os anticorpos IgM decaem 1 a 2 meses após a infecção, os anticorpos IgA e IgG permanecem, por um prazo de minimamente 2 anos (especulação a partir do perfil dos anticorpos anti-SARS1).
Há vários tipos de testes para anticorpos, mas podemos dividi-los em três importantes categorias
Há três bons motivos para não escolher um teste qualitativo = teste rápido
E um motivo para escolher um teste sorológico quantitativo (ou semi-quantitativo).
Um estudo realizado no Hospital das Clínicas da FMUSP demonstrou que quando usando o sangue capilar (sangue da ponta de dedo), a sensibilidade dos testes rápidos é de apenas 50% daquela de testes que usam o soro. Metade dos pacientes com anticorpos não são detectados por esses testes = falsos negativos em 50% dos resultados!
Mesmo os melhores testes não apresentam 100% de sensibilidade e 100% de especificidade. Isso significa que resultados falso positivos e falso negativos podem ocorrer, especialmente em situações que alteram a resposta imune individual. Vacinação, gravidez e infecções por outros vírus podem produzir resultados falso-positivos fracos, (quantidades baixas de anticorpos). Um teste quantitativo (ou semi-quantitativo) permite perceber esses resultados baixos como uma pista para acompanhamento e seguimento, e em geral se tornam negativos com o tempo.
Quando se usa um teste qualitativo (aquele que não gera um resultado numérico), pode haver dúvidas na interpretação do resultado. Além disso, pode haver influência da iluminação e do treinamento da equipe. Portanto, testes rápidos exigem a interpretação do resultado, que é variável de uma pessoa para outra diminuindo consideravelmente a sua sensibilidade. Já um teste quantitativo (ou semi-quantitativo), produz resultados baseado em números, isto é, sem depender da subjetividade do olho humano.
Muito provavelmente, a quantidade de anticorpos produzida será correlacionada com a resposta protetora: quem tiver mais anticorpos possivelmente estará mais protegido contra uma reinfecção.
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